Estou a chocar alguma!

Este blog vai chocar com várias raças, religiões, regiões, bairros, sexo, credos e até com ele mesmo. O objectivo é divertir todos, perceber que as diferenças só deverão servir para nos aproximar. Quem se ofender... bem, temos pena!

domingo, 15 de abril de 2007

Paulucho...


Cheguei a Luanda às 7h da manhã de segunda feira. Directo para o set de gravações. Primeiro choque cultural: o apanhar de bagagens no tapete do aeroporto. As minhas para variar são sempre as últimas. Tenho sorte a tudo na vida, excepto aos jogos de azar, tempo/clima quando viajo e malas no aeroporto. Apesar de estar habituado aos 45 minutos que a Ground Force (empresa da TAP) me faz esperar no minímo, aqui esperei quase 1 hora. Mas a cereja no topo do bolo ainda estava para vir. Assim que eles colocam as últimas malas no tapete (neste caso as minhas), param o tapete. Ou seja, temos que ser nós a ir dar a volta toda ao tapete a pé, para ir buscar as malas. Porquê a pé e não com o carrinho? Porque aqui temos um negão a guardar os carros e temos de lhe dar dinheiro (euro ou doláres) pelo carrinho. Como sou fonas...
O set de gravações é lindo. Esplanada na praia. Mal chego, sou atirado às feras. Apresentam-me 30 pessoas ao mesmo tempo, que ainda por cima me parecem todos iguais. Não consigo distinguir quem é que é da equipe técnica, quem é figurante e quem é actor. Realizador em stress para cumprir o plano começa com as indicações: "Vou fazer um travelling com a 1, troco para a 2 quando chegares a esta marca, desligas o telefone, voltas para a 1 e depois faço o diálogo a trocar entre a 1 e a 3". Resultado, os primeiros dias, estava ainda mais canastro que o normal. Tão canastro estava que o realizador e outros directores de tanto gozarem comigo, fizeram com que o resto dos técnicos pensassem que o meu nome é Canastro e não Bernardo (eles aqui felizmente não sabem o que é ser um grande canastrão!)

Portugal e agora Angola ganharam mais um grande canastro!! Aliás, até já o Assistente de Iluminação (agora um dos meus melhores amigos lá), o Paulucho, aqui na foto ao lado, pensa que o meu nome é "Cánástro" e não Bérnárdó! Diz do alto da sua inocência e 132 kg de massa muscular: "Sr. Cánástro, por fávô, libera aí os pé pra mim arrastá esses cabu!" Muito bom!


Jokas

Cánástrô

1 comentário:

Anónimo disse...

Canastrô não é coxo pá...